Boa tarde a todos!
Em primeiro lugar, agradeço ao Louro José pelo espaço concedido.
Para quem não me conhece (ou seja, todos), eu sou o off do Louro. Hoje ele me cedeu o espaço em seu blog para fazer um pequeno texto, um pequeno desabafo.
Portanto hoje, e excepcionalmente hoje, não tem piada, não tem frase do dia, não tem história, não tem homenagem. A quem não se interessar, então, fica meus sinceros pedidos de desculpa e minha total liberdade para não ler o que se seguirá. Aos leitores do louro José fake, desculpem-me. Prometo que isto não acontecerá novamente, ok?
Confiança
Hoje eu proponho-me a falar sobre algo chamado confiança.
Confiança, segundo o dicionário Priberam da Língua Portuguesa
confiança
Interessante os diversos significados que esta palavra tem, concordam? Ao mesmo tempo em que definimos confiança como algo intrínseco (1), nosso também o fazemos quando nos referimos a algo externo (2), bem como ao intransitivo (3). Ou seja, independentemente de sua subjetividade intrínseca e extrínseca, você acredita. Vou ficar apenas com estes 3 sentidos que já me bastam para o momento.
Vamos dissertar um pouco sobre cada uma delas?
A primeira, ou seja, a aqui chamada esperança intrínseca, ganhamo-la ao longo de nossa vida. Quando nascemos, com nossos cérebros desprovidos de qualquer amarra, qualquer trava que a vida nos impõe dia-a-dia, temos confiança plena. Mas esta é uma confiança falsa, pois é uma confiança sem consciência. Mas ao longo de nossa vida, vamos vivendo, tendo nossas próprias experiências. E, à medida que vivemos, nos tornamos bons em algumas coisas e ruins em outras. Às coisas que fazemos bem, temos confiança em continuar fazendo. Mas como ninguém é perfeito, mesmo que façamos bem, cedo ou tarde acabamos errando. E frente ao erro, como portar-se? Aqui reside o x da confiança intrínseca. Porque imaginamos que não éramos tão bons quanto achávamos e perdemos a confiança, ou aceitamos o fato de sermos seres humanos, portanto passíveis a erro. E um erro não tira o mérito de acertos ao longo de uma vida. A primeira não era uma confiança real, apenas uma aparente. A segunda é a verdadeira confiança intrínseca. Esta não se perde jamais. Basta sabermos nos darmos o devido valor. Confie em você mesmo pois o mundo gira numa sinergia perfeita. Quem deixa fazer-se desmerecer nunca teve confiança em si mesmo. A este, meu único conselho é: se dê o seu devido valor!!! Se você não o fizer, ninguém o fará. E mesmo que o faça, não será o suficiente para você. Eu, a maior parte das vezes, sempre soube dar-me valor. E nas vezes em que não soube sempre perdi algo que me tinha muita estima.
Passemos agora à segunda confiança, a externa, a extrínseca, ou seja, a fé que depositamos em alguém, que funciona da mesma maneira em que a intrínseca. Assim, quando nascemos, todos são confiáveis aos nossos olhos. Por uma questão subjetiva, com o passar dos anos, passamos a confiar em algumas pessoas e em outras, não. Ao longo da vida, algumas pessoas decepcionam-nos. E as únicas capazes de decepcionar-te são aquelas pessoas que entraram em sua vida de alguma maneira e que, com o passar do tempo, foram-se mostrando, ao menos a seus olhos, confiáveis. São pessoas que tínhamos a mais alta estima, e apunhalam-nos. Algumas nem tem culpa disso, pois você é quem foi ingênuo por acreditar. Já outras são dissimuladas, traiçoeiras, entram sorrateiramente em sua vida e, quando você menos espera, machuca-lhe. E quanto mais próxima mais funda é a ferida. E algumas destas feridas jamais cicatrizam. Todos, com certeza, já passaram por isso alguma vez na vida. As feridas são “marcas de guerra”, que fazem você lembrar-se do que já passou e tentar não incorrer mais nos mesmos erros. Esta não varia muito de pessoa à pessoa, pois ninguém quer ser uma “ilha” e viver isolado o resto da vida, não deixando ninguém chegar perto. Mais criteriosos ou menos, continuamos a confiar em algumas pessoas e noutras, não. Porém às pessoas que desmereceram nossa confiança... esta confiança é igual a um cristal. Depois de quebrada, você pode até juntá-la e colá-la. Mas ela nunca será a mesma coisa.
Sem mais delongas, passemos à terceira confiança. A confiança que convencionei como a intransitiva. E por que intransitiva? Porque não depende de nada. Nem interno (não depende de nos acharmos bons o suficiente para receber em troca as boas coisas da vida) e nem externa (pois não depende do que o mundo lhe oferece para você retribuir). Depende apenas de você. O dicionário usou a palavra “fé” para definir o que as pessoas depositam em ti, na confiança extrínseca. Com a devida vênia eu discordo. Fé, filosoficamente falando, é acreditar naquilo em que não vemos. É confiar, mesmo não tendo nenhum subterfúgio que faça-o fazer chegar a esta “fé”. Portanto, fé enquadra-se aqui. Porque confiamos na perfeita sinergia que é a vida. Sabemos que devemos fazer o bem para receber o bem em troca. Mas por que umas são diferentes das outras? Algumas acreditam e continuam acreditando, mesmo após uma decepção enquanto outras vêem ruir seus postulados antes tidos como incontestes e agora tão frágeis? Umas se tornam amargas, desacreditam da virtude, caminham para a escuridão do isolamento. Outras combatem estoicamente o fel que o desengano nos causa. Estas acreditam que as pessoas são preponderantemente boas. Elas caem por diversas vezes, quando sua fé não deixa enxergar o que deveria. Eu sempre acreditei na virtude humana. Mas confesso cansaço...
Confie em si mesmo, tenha fé em Deus e na vida e, não deixe que as decepções que você fatalmente irá ter torne-o uma pessoa diferente do que é, em essência. Apenas afaste o que for ruim de sua vida. Concentre-se nas coisas boas que ela tem a lhe oferecer. Este é o maior conselho que posso lhes dar e o objetivo que tenho a seguir.
Fiquem com Deus!
Off.
"Confie em si mesmo, tenha fé em Deus e na vida e, não deixe que as decepções que você fatalmente irá ter torne-o uma pessoa diferente do que é, em essência. Apenas afaste o que for ruim de sua vida. Concentre-se nas coisas boas que ela tem a lhe oferecer. Este é o maior conselho que posso lhes dar e o objetivo que tenho a seguir. "
ResponderExcluirPerfeito!!!!!
Off do Lourinho...
Eu tb sempre acreditei na virtude humana. Mas tb confesso cansaço...
Kisses da Amiga Eliz